terça-feira, 30 de novembro de 2010


Pensando em atitudes sustentáveis,  é muito charmoso um ambiente decorado com móveis utilizando este tipo de material.

Fica bonito, aconchegante e ecologicamente correto.

Com a reutilização da madeira ocorre a diminuição da derrubada de árvores para fabricação dos móveis.

A madeira tem a propriedade de aprisionar em seu interior uma grande quantidade de átomos de carbono (componente de um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa), que são utilizados pela planta para produção da madeira e este fica no interior da mesma por muitos anos, evitando ser liberados para a atmosfera.

Estas madeiras são provenientes na maioria das vezes de casarões antigos que são demolidos pelas construtoras para a construção de outros tipos de imóveis.

As madeiras mais comercializadas na maioria são a peroba, jacarandá, ipê, canela, pinho e riga, que passam por um processo de limpeza, são lixadas e recebem tratamentos para manter a resistência.

Podem ter pouco acabamento, servindo para móveis bem rústicos; acabamento moderado, inclusive com pinturas, revelando móveis bem charmosos com um leve toque rústico ou podem ficar com aparência de madeira nova.

São utilizadas em vários os tipos de móveis, mas também para pisos, revestimentos, telhados, portas e janelas.

O preço pode variar de acordo com o tipo de móvel e o acabamento, geralmente são caros pela mão de obra, porque algumas peças são totalmente artesanais, mas existem no mercado peças muito bacanas de preços mais accessíveis.

Acompanhando a onda de sustentabilidade, ter móveis de madeira de demolição é uma atitude ecologicamente correta, de bom gosto e sustentável.

A casa fica bonita, aconchegante e na moda. A consciência fica tranquila, porque assim estamos ajudando o planeta.





O que é ser ecologicamente correto?

Produto ecológico é todo artigo que, artesanal, manufaturado ou industrializado, de uso pessoal, alimentar, residencial, comercial, agrícola e industrial, seja não-poluente, não-tóxico, notadamente benéfico ao meio ambiente e a saúde, contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável.

Classificação de Ecologicamente Correto.

O uso de matérias-primas naturais renováveis, obtidas de maneira sustentável ou por biotecnologia não-transgênica, bem como o reaproveitamento e a reciclagem de matérias-primas sintéticas por processos tecnológicos limpos são os primeiros itens de classificação de um produto ecologicamente correto.

Para um produto receber a tarja de ecológico, todo o processo produtivo deverá ser limpo e apropriado, com uso de matéria-prima natural renovável ou não(mas reaproveitável), sintética reaproveitada e/ou reciclada,com insumos ecológicos, com baixo consumo energético para sua fabricação, com menor carga residual sobre o meio ambiente, com possibilidade máxima de recuperação ou reciclagem.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Madeira para acolher

A madeira é um recurso cada vez mais valorizado nos projetos paisagísticos. Relacionada a aconchego, ela protagoniza espetáculos visuais na área externa e aparece em novas versões, mas com o encanto natural de sempre

Texto Gabriela Pestana e Thaís Lauton

Graças ao uso da madeira, tudo remete a aconchego na área externa de 250 m² desta casa no Ipiranga, em São Paulo. Designer de interiores, Cristiane oliveira, a moradora, tirou partido da matéria-prima em vários pontos, para conseguir um ambiente em que pudesse receber bem amigos e familiares.

Como gosta de cozinhar, Cristiane criou o banco de peroba-rosa, 4 x 0,45 x 0,40 m, na área da varanda onde está a churrasqueira. além de acomodar as visitas, o móvel rodeia o espaço e assume as vezes de guarda-corpo. No mesmo ambiente, uma horta vertical feita de vasos-latões presos a uma antiga grade garante o toque especial às receitas realizadas ao ar livre.amadeira aparece, ainda, nas “bolachas”de troncos de árvores instaladas no piso de cimento queimado com borda de tijolos. “Gosto dessa combinação, pois me lembra a infância na casa de minha mãe”, diz a moradora.

O astral de casa do campo fica por conta das miniazaleias plantadas nas jardineiras feitas com madeira de demolição, 0,60 x 0,20 x 0,24 m, abaixo das janelas. O material também foi escolhido para os degraus da escada feitos de dormentes – intercalados por grama e maria-sem-vergonha – e para o painel de pínus do jardim de inverno, onde estão os vasos de espada-de-são-jorge.

Madeira também pode ser ecologicamente correta

Fonte: Diário do Nordeste

Tornar as habitações seguras, confortáveis, funcionais, eficientes e acessíveis é uma busca que vem desde o tempo que o ser humano habitava as cavernas. Mas os “progressos” conquistados trouxeram conseqüências que vão além do conforto, trazendo outro tipo de inquietação, como o esgotamento dos recursos naturais, o custo ambiental de produção de alguns materiais e o acúmulo crescente de resíduos.


Mesmo sendo renováveis, não há florestas suficientes para a produção de móveis, portas e adornos de madeira maciça para todas as casas do planeta. Achar materiais que substituam - melhor e mais duradouramente - os processos construtivos, diante da escassez premente, já não bate à porta: está muito bem instalada dentro de casa.

Assim, a utilização de materiais descartados na confecção de móveis e objetos de decoração é uma alternativa com o adicional de conferir qualidade e o requinte às peças. É exatamente isso que o construtor e permacultor Vicente Giffoni vêm fazendo há anos.

Genro do proprietário do maior depósito de material de demolição de Fortaleza, Chico Alves, ele conta que teve contato com a possibilidade de reaproveitar esse material em suas freqüentes passagens pela Região do Cariri, no sul do Ceará.

Acrescida a aproximação que fez com a Permacultura (cultura da permanência), passou a fazer, sob encomenda, móveis com madeira e outros materiais provenientes de demolição. Da mesma forma, construiu uma casa, num condomínio no distrito de Capuan, em Caucaia, utilizando esses princípios.

Madeiras nobres e maduras - como o pau-d´arco (ipê), angico, aroeira, maçaranduba e amargoso -, com a vantagem da imunidade a pragas e a beleza das marcas deixadas pelo tempo, são aproveitadas com um toque de arte, introduzido por acessórios, como azulejos.

Na casa construída por Giffoni com tijolo natural, há telhas francesas de um galpão demolido na Avenida Duque de Caxias; portas e janelas de cedro aproveitadas integralmente; outras portas, janelas e até o assoalho do andar superior feito com madeira de assoalho que alguém substituiu por cerâmica; divisórias de pinho proveniente de caixotes de frutas; e banheiros com azulejos também resultantes de sobras que ninguém quis mais.

Giffoni explica que, com uma viga de sustentação em maçaranduba de uma casa demolida, é possível construir um móvel inteiro.

No mesmo condomínio, ele já providenciou madeira e telhas para outras construções. Numa delas, produziu venezianas largas, com madeira de assoalho, para garantir ventilação e iluminação naturais.