Esta casa dos anos 50 foi reformada e o projeto preservou as formas originais da fachada para não destoar da vizinhança.
Por Deborah Apsan e Lara Muniz | Fotos: Eduardo Pozella | Ilustrações: Campoy Estúdio
Fonte: Casa Abril
Interessado em comprar o sobrado cinquentenário, o casal paulistano que alugava o imóvel sabia quão agradável era viver naquele cantinho da cidade - uma vila. Mesmo assim, os dois ponderaram antes de fechar o negócio: "A casa era boa, mas precisava de uma reforma grande para se atualizar", diz o administrador de empresas Lucas Gianella, hoje proprietário. Contrato assinado, o passo seguinte foi encomendar o projeto de reforma ao escritório paulista Rocco Associados - sempre deixando clara a preocupação em não descaracterizar a construção, de modo que ela fosse percebida como parte constituinte da vila. Um dos focos da transformação foi a integração dos cômodos. As alterações também trataram da renovação das instalações elétricas e hidráulicas, da inserção de sistema de ar condicionado e da troca dos acabamentos. Um ponto crucial foi a conquista do cantinho para tomar sol, na cobertura. Com a remoção do velho telhado, o espaço ficou livre e passou a ser usado como mirante e lugar de relaxamento. Outra coqueluche: o piso de madeira de demolição aplicado em toda a casa.
Na sala de estar, as portas de correr de madeira (Mado) se abrem por completo e ficam escondidas no miolo da parede dupla de alvenaria. O muro frontal, na área externa, ganhou um grande espelho (veja o reflexo do sofá listrado), que traz a sensação de profundidade e amplia visualmente o jardim. A casa manteve sua área de 212 m²
No quintal, o espaço gourmet conta com churrasqueira e forno de pizza. Como em toda a casa, aqui o piso também exibe assoalho de peroba de demolição da Ouro Velho.
Com duas filhas pequenas, os moradores tinham como meta conquistar área livre. Assim, a parte de trás da casa recebeu portas de correr com abertura total, iguais às da entrada. Para incrementar, o quintal ganhou uma bela jabuticabeira
Na suíte do casal, como em outras partes da casa, o vão da janela foi mantido e ganhou uma nova esquadria. Com vidro transparente, ela clareia mais o interior do que o modelo antigo, de material fosco.
No andar superior, além da área ao ar livre, existe ainda uma sala de ginástica e um miniescritório. Para sombrear esses ambientes, ali há um pergolado de metal (Aluaço). Com o tempo, a ideia é ter trepadeiras que escalem a estrutura e filtrem o sol.
Como o telhado foi retirado, a laje de cobertura transformou-se no almejado solário, com direito a espreguiçadeiras com rodízios, que podem ser carregadas para acompanhar o movimento do Sol ao longo do dia. Nesta área toda, um só piso: deck de cumaru frisado (Ouro Velho).
